17 junho 2006

Olhar Distante


Fotografia de Paulo Castro

Olho o distante e indigente horizonte à minha frente,
Perdido num mar de pensamentos que me afloram a alma,
Numa conquista célere e destemida da praia que piso,
Na areia que seguro e que me escorrega na palma,
Na palma de uma mão que é minha, que me dá a força
De um sentimento único de paz, liberdade e emoção,
Como se fosse ficar assim para sempre preso neste olhar,
De onde regresso e me largo de volta à multidão.
Regresso com uma enorme paz interior, onde flutuo,
Onde tudo posso procurar e onde tudo irei encontrar,
Onde encontro uma alma plana que é mostra do que sou,
Onde encontro sensações, medos, esperanças e ideias,
Onde eu sou eu, onde me transformo e descubro onde vou!

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