29 junho 2006

How Wonderful


Fotografia de Ser do Mar

Imagine how wonderful it will be if you could fly,
How wonderful it will be if you can see a sunset from the sky,
Imagine how wonderful it will be to feel the wind in you face,
How wonderful it will be if you could fly this high?
Imagine how wonderful it will be to dream,
How wonderful it will be if you can just be you?
How wonderful it will be if you can fly away?
How wonderful it will be to get out from this life?
How wonderful it will be if you believe in what you say?
How wonderful it will be if you live the way you want?
How wonderful it will be? Can you tell me this?

Deixa-te Levar


Fotografia de Nanã Sousa Dias

Deixa-te levar neste mar de sensações formidáveis.
Deixa-te levar na bruma fresca de maresia.
Deixa-te levar na calma agitada que espera por ti.
Deixa-te levar no vai-e-vem infinito que te dá vida.
Deixa-te levar sem medo de ires para um lugar distante.
Deixa-te levar para o horizonte sem fim onde o sol tem ocaso.
Deixa-te levar nas ondas deste mar que te embala o coração.
Deixa-te levar com a brisa forte que te envolve a alma.
Deixa-te levar... só tu podes escolher se queres partir ou ficar.
Deixa-te levar... sem destino, sem porto-de-abrigo.
Simplesmente deixa-te ir...

Um Misto de Tudo e de Nada


Imagem de Carlos Sillero

Não há nada para acrescentar,
Não há nada que hoje possa dizer,
Não há nada que hoje possa escrever,
Não há nada que hoje eu queira mudar.
Hoje há um misto de tudo e de nada.
Há muitas palavras para escrever,
Há muitos pensamentos para contar,
Há muitas sensações para viver,
Há ainda muitos sonhos para contar.
Hoje sou um misto de tudo e de nada,
Quero ser e ao mesmo tempo desaparecer,
Quero tudo e ao mesmo tempo nada,
Querer e ao mesmo tempo não apetecer.

28 junho 2006

Olho e Caminho


Fotografia de Ivone Peoples

Olho o mundo que me rodeia,
Sinto o poder que me envolve
Na luz que me absorve o olhar,
Me domina e me seduz o pensamento.
Dou um passo em frente e flutuo,
Na calmaria da água cristalina,
Avanço a medo, mas não recuo,
Na magnífica paisagem que me instiga
A continuar na busca das respostas,
Que me mostram o verdadeiro caminho.
Caminho nesta água calma e luminosa,
Onde posso ser o que sempre fui,
Onde caminho no rumo do novo eu,
E descubro o que realmente sou.

25 junho 2006

O Espelho da Alma


Fotografia de Luis M. Gomes

Observa o espelho da minha alma,
Diz-me o que vês na profundidade
Do olhar que tenho para te mostrar,
Onde podes ver o que sou de verdade.
Olha-me no infinito da realidade
Que trago presa num olhar cristalino,
Que te dá sonhos e sentimentos,
Mais puros e reais do que podes imaginar.
Não me olhes de lado nem de longe,
Chega-te perto e olha de frente
O olhar que é espelho e miradouro,
Da alma plana e ateada que tenho em mim.

24 junho 2006

Embalada na Planície


Fotografia de Bia

A minha alma corre ligeira e plana,
Desenfreada, decidida e sem olhar para trás,
Embalada na planície que se vê pela frente,
Desamarrada de cordas, livre e solta.
Sinto esta alma que me corre nas veias,
Este pulsar de energia que cresce em mim,
Uma alma que é a parte e o todo da vida,
Que por mais que morra e renasça não terá fim.
Sinto uma alma que se parece imortal,
Que não teme desafios, que não tem medo.
Sinto uma alma que se enche de ar,
Com o aroma da imponente maresia,
Que se prende no vento que me toca,
Na força tremenda da experiência vivida,
Que me leva a partir e a avançar,
Sem segredos e sem nada a esconder.
Queria saber onde me leva esta alma,
Que avança desenfreada no caminho,
Na paisagem desconcertante e calma,
Que desafia o pensamento e os sentidos,
E me faz descobrir o caminho que posso seguir.

22 junho 2006

Hoje Não Há


Fotografia de Ricardo Fernando Silva

Hoje simplesmente não há palavras,
Não há discursos, nem textos para escrever,
Não há vontade para dizer o que sinto,
Não há nada para dizer nem para expressar.
Hoje não há nada que me possa aborrecer,
Não há nada que me possa atormentar,
Não há nada que me canse ou satisfaça.
Hoje, simplesmente, não há nada!
Por isso hoje, simplesmente, não me peçam...
Para dizer o que não quero que seja dito,
Para pensar o que não quero que seja pensado,
Para sentir o que não quero que seja sentido,
Para ver o que não quero que seja visto...
Não peçam, porque eu hoje vou recusar.
Hoje vou recusar ser alguém que não sou,
A não ser o que sou de verdade,
Naquilo que sou de bom e de mau,
E hoje vou ser eu e mais ninguém.
Hoje vou ser, outra vez, uma alma plana.

21 junho 2006

Romper a Escuridão


Fotografia de Ricardo Tavares

O Sol rompeu no meio da neblina,
Iluminando a escuridão que domina
O ambiente de uma calmaria tempestuosa.
A vida corre como um mar em fúria,
Que se bate contra os escolhos no caminho,
Que é símbolo de uma natureza lutadora,
inabalável, perseverante e recheada.
É este o ambiente feroz que dá estímulo,
que dá força para viver e continuar
a palmilhar o caminho que ainda há pela frente.
Sou como um mar que não se perde,
que se bate pela vida e pela sorte.
Sou uma alma plana que simplesmente existe.

19 junho 2006

Salto na Vida


Fotografia de Isabel Osorio

Salto nesta vida que não me prende,
Na vida que quero viver no limite da resistência,
No limite da minha alma plana que se solta de mim,
Que esvoaça livre na planura do espírito que sou.
Um espírito que se desprende de mim constantemente,
Que nasce e renasce em cada momento que vivo,
Que mergulha, com um sorriso de natureza desafiante,
Na imensidão de sensações que descubro à minha frente.
Sou como uma só verdade que não teme desafios,
Que não teme o destino que o futuro lhe reserva,
Que enfrenta cada caminho com passos seguros,
Que sente cada pulsar do coração com uma força única,
Uma força que me dá energia para continuar a caminhar.
Mergulho e sinto a água salgada tocar-me a pele,
Uma água que me dá vida e que me faz emergir
Na realidade fantástica que dentro de mim existe,
Na alma plana que me transformo e revoluciono
Em cada agitação da alma plana que me domina,
Num segregar de vontades e desejos que aspiro,
Sem nunca descansar na descoberta deste espírito
Que cada vez tenho mais vontade de mostrar.
Sou um espírito único prestes a explodir dentro
Da alma plana que quer exteriorizar-se e ser descoberta.

18 junho 2006

Horizonte de Pegadas


Fotografia de Rodrigo Silva

Olho para trás e vejo o caminho que já ficou percorrido, desde o início desta minha jornada que é a vida. Continuo a olhar para trás e vejo pegadas que são uma marca que deixo no caminho. Pegadas que são simbolo das pessoas que conheci, que são símbolo das coisas que fiz e que são memórias dos sítios que pisei. Com o olhar preso no horizonte que deixo para trás, relembro os escolhos que deixei no caminho, relembro os momentos de felicidade, relembro os momentos de amargura... relembro as pessoas que cruzaram o meu caminho e relembro com carinho as que o partilharam.

Sei que esta vida só tem um sentido... o oposto aquele que agora observo. O caminho que ainda não tem pegadas marcadas, o caminho estéril e virgem que ainda me falta percorrer nesta jornada de aventuras e desventuras que vou atravessando. A vida é mesmo assim, feita de encontros e de desencontros, de momentos em que estamos no cimo do mais alto monte que podemos alcançar e de momentos em que estamos num vale escuro e profundo. Contudo, também sei que só eu posso chegar ao cimo do monte que espero alcançar, com uma grande força de vontade e com a cabeça erguida.

É bom relembrar e saborear tudo o que faz parte do nosso passado, mas é ainda mais saboroso descobrir o presente e enfrentar o futuro... com um sorriso nos lábios, uma alma cheia de vontade e uma força desmedida de viver e vençer. Sei que não posso substimar o futuro e o que ele me poderá reservar, mas também sei que posso e vou vencer, porque por mais que tombe, por mais reversos e derrotas que sofra, hei-de conseguir, como até agora, levantar-me e entregar-me à luta.


Fotografia de Rodrigo Randow de Freitas


A vida é mesmo assim... é de sentido único, onde não há retorno, onde não há possibilidade de voltar atrás e apagar as pegadas que já deixámos no caminho. Apesar de ser um caminho de sentido único, posso sempre escolher
qual o caminho em que quero deixar as minhas pegadas, quando o caminho onde vou se abre numa bifurcação.

Finto o horizonte de pegadas que deixo para trás mais uma vez... volto-me para o caminho que ainda me resta e continuo a longa jornada da vida que ainda me falta percorrer, deixando mais pegadas que são parte daquilo que sou!

Vive e Acredita


Fotografia de Sérgio P.

Sente a brisa e a natureza que te rodeia,
Analisa as enumeras cores que são fruto de beleza,
Vive a vida de uma forma livre, vive como só tu sabes,
Vive a vida só por si... sem te esqueceres quem és.
Acredita sempre na pessoa e naquilo que és,
Acredita na verdade que existe dentro de ti.
Sente o teu coração e o teu pensamento,
liberta-te de negativismos e de pensamentos maus,
Sente o poder que tens dentro de ti, descobre-te...
Sonha e parte à descoberta dos teus desejos e anseios,
procura os teus medos, as tuas fraquezas e debilidades.
Imagina e partilha com quem quiseres tudo o que és,
tudo o que te descobrires na tua caminhada e tudo o que
ainda esperas encontrar no caminho que falta percorrer.
Tu és um só... és único e só tu és aquilo que podes e queres ser!

Relaxo e Sinto... Uma Alma Plana


Fotografia de Alexandre Costa

Relaxo na calmaria deste mundo que me absorve,
Onde sinto o vento que sopra leve,
Onde sinto o calor do sol que queima,
Onde cheiro os aromas da natureza que espreita.
Relaxo numa onda de pensamentos que me invadem,
Que me fazem sentir o sangue que me corre nas veias,
Que me fazem sentir a luz que vive dentro de mim,
Pensamentos que me fazem escrever páginas cheias.
Páginas cheias de verdades e de emoções escondidas,
Que são um espelho da alma plana que trago dentro,
Um espelho onde podes ver tudo o que existe em mim,
Num olhar profundo e verdadeiro que é fruto real,
De uma alma plana e aberta que luta e que nunca terá fim!

O Que Seria?


Fotografia de Andrey Melo Franco Botelho

O que seria da vida se não fosse a beleza deste mundo que nos
rodeia e que podemos ver, tocar e sentir?
O que seria de nós se não tivessemos amigos a quem
podemos confiar a nossa vida e a nossa alma?
O que seria de nós se não fossemos nós próprios,
se não tivessemos ideias próprias e
se não acreditassemos naquilo que somos?
O que seria? O que seria?
Posso imaginar o que seria...
A vida sem a beleza do mundo, sem os amigos,
sem a nossa personalidade seria monótona,
cinzenta e descabida de sentido.
É por isto que a vida é bela.
É por isso que é uma dádiva que devemos viver a
cada momento sem pensar no momento que vem a seguir.
É por isso que na vida devemos saborear, experimentar e sentir.
É por isso que devemos testar o limite das nossas forças,
o limite das nossas crenças e o limite da nossa resistência.
É por isso que devemos experimentar o fracasso,
pois só assim podemos aprender com os erros.
É por isso que devemos chorar, rir e experimentar a alegria e a dor.
É por isso devemos ser nós, em cada momento, a ser aquilo
que realmente somos, sem medos, sem hesitações e receios.
É por isso que a vida é bela... e isto só depende de nós!

17 junho 2006

Sou Como Um Farol


Fotografia de João Ferreira

Sou como um farol que brilha nesta imensidão,
onde me percorro e vagueio na beleza da natureza,
à procura de respostas que me fogem quando preciso,
onde encontro dúvidas e certezas que me fazem perceber
que tenho uma luz, uma chama... que ilumina a minha vida.
Sou como um farol que guia e indica o caminho,
que ajuda a definir rumos e traçar rotas de viagem,
numa viagem que é a vida, a vida que sou e a que me rodeia
num constante pulsar de beleza e natureza súbtil
que transborda para fora destas linhas que escrevo.
Sou como um farol que se acende no caminho da escuridão,
pronto a ser o amigo que ajuda na dificuldade...
pronto para ajudar a descobrir uma alma plana
que anseio por encontrar em mim, em ti e em todos.

Olhar Distante


Fotografia de Paulo Castro

Olho o distante e indigente horizonte à minha frente,
Perdido num mar de pensamentos que me afloram a alma,
Numa conquista célere e destemida da praia que piso,
Na areia que seguro e que me escorrega na palma,
Na palma de uma mão que é minha, que me dá a força
De um sentimento único de paz, liberdade e emoção,
Como se fosse ficar assim para sempre preso neste olhar,
De onde regresso e me largo de volta à multidão.
Regresso com uma enorme paz interior, onde flutuo,
Onde tudo posso procurar e onde tudo irei encontrar,
Onde encontro uma alma plana que é mostra do que sou,
Onde encontro sensações, medos, esperanças e ideias,
Onde eu sou eu, onde me transformo e descubro onde vou!

A Minha Alma Plana

A minha alma é plana, simples, transparente e real. É uma alma que se sente sem segredos, sem pontos escuros para ocultar, com muita coisa para contar e com muitos pensamentos para passar para o papel.

Hoje dói-me uma alma confusa, cheia de um misto de sentimentos que me preenchem o pensamento que, apesar de tudo, não consigo definir. Não consigo definir um sentimento que pode ser separado apenas por uma ténue linha entre a Amizade e o Amor. Relembro o passado, os bons momentos e os maus momentos… subsistem os bons momentos é verdade, porém não é o passado que me atormenta… mas sim o presente e, sobretudo, o futuro!


Fotografia de Ricardo Tavares

Tenho medo de me magoar, mas principalmente de magoar uma pessoa de que eu gosto muito, se calhar é nela que mais preciso de pensar… sinto um carinho especial por ela. Sinto isso… mas como posso eu explicar aquilo que sinto a alguém, se nem eu neste momento consigo explicar o que me percorre o pensamento, se não consigo aclarar o que me vai nesta alma plana. Será bom alimentar falsas expectativas num futuro melhor, num sentimento maior? Podendo correr o risco de perceber que, mais tarde ou mais cedo, o que sinto não é o mesmo que expresso em palavras e acções? Tenho pena de, apesar de tudo, nem sempre conseguir ser tão forte como desejava, tenho pena de não poder mandar nos meus sentimentos e nos meus pensamentos, tenho pena de nem sempre poder corresponder da melhor forma ao que esperam de mim, tenho pena… que muita coisa tenha acontecido, mas sobretudo, e mais uma vez, tenho pena de não poder definir o que sinto.

Sinto um vazio percorrer-me esta alma plana que me atormenta. Contudo, sinto que tomei a melhor opção, que foi a decisão mais correcta… apesar de ser muito duro enfrentar a verdade e de a trazer para fora de mim. Sei que não sou o único afectado, mas considero que não seria verdadeiro se me mantivesse impávido e sereno como se nada se passasse na minha alma plana. É difícil compreender, posso entender isso… mas a dificuldade não tem um sentido único.

Há muitas coisas que nem sempre têm explicação, outras tantas que apesar de explicadas não são entendidas e outras que, felizmente, são compreendidas. A incompreensão custa… é algo que magoa, que dói e que faz pensar!


Fotografia de Filipe Lamas

Neste tempo para pensar, quero deixar tudo de lado para poder avaliar tudo o que me percorre o pensamento, poder-me focar naquilo que é realmente importante, ou seja, os meus sentimentos. Quero poder pensar e tentar distinguir até que ponto existirá a divisão feita por esta linha ténue entre a Amizade e o Amor! Quero poder saber se realmente existirá o Amor ou se apenas subsiste um sentimento, que tenho a certeza que este pelo menos existe, de enorme carinho.

É assim que hoje se sente esta minha alma plana, como se sentirá amanhã?